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domingo, 22 de maio de 2011

Enfim...

O caminho de uma lágrima até o fim do teu rosto pode ser tempo suficiente para tudo que você já viveu passar lentamente por você. A lágrima escorrendo em teu rosto te remete a todo o passado vivido e a todo o futuro pensado, e te leva ao presente também, e te mostra que nem tudo é tão lindo. Dói apenas no coração de quem sente e no corpo de quem vive, não dói, jamais, na alma de quem foge e não se deixa pensar.

Amou como jamais amou outro alguém
Levou tudo o que podia dar, e deu
Impressionou-se como todo o bem querer
Carinho, amor, amado, o que mais haver de querer?
Esperou pelo melhor, até antes de conhecer.


E é o fim, simplesmente. Todos os sorrisos são jogados fora, todas as alegrias compartilhadas são esquecidas, as brincadeiras deixadas de lado, as felicidades já não mais existem. Existe apenas um você, declarado como antigo, passado, ruim. Tudo o que resta agora é um sorriso de paisagem, que não serve ao menos para ilustrar um quadro. Ao seu ver, já não sou mais nada. Ao meu ver, és tudo. E a lágrima continua escorrendo, passando gelado, tão gelado que seu corpo se arrepia, é como se todo o seu eu entrasse em você mesmo e nada, absolutamente nada houvesse existido.

Ontem ele chorou por estar com ela.
Lágrimas ainda correm, e percorrem todo o caminho
Impressionou-se com a falta que pode fazer
Veio chorar nos ombros de quem lhe doeu
E ainda espera, pacientemente por ela.
Inquieto, sem saber o que fazer. Solidão dói.
Respondendo a si mesmo o que fazer.
Achou a solução, jamais desistir de você.


E jamais, nunca, em hipótese alguma, se atrevam a dizer que mudará. Que vai mudar. Que está mudando. Nada jamais será em vão ou será esquecido. O sentimento poderá esfriar, nunca apagar. Foi de verdade, nós sabemos. A dor de cada lembrança poderá ser ignorada, mas não diluída em meio a tanta mentira. E porque mente? Sabe que não é assim.

E continuará tentando, mesmo que dor lhe consuma
Ultima tentativa, se promete.


E onde foram parar todas as frases feitas? As canções? Os carinhos? Não existem mais. Perdão, existem. Mas estão escondidos em algum lugar qualquer que não existe em você. E o medo, não permite sequer que voltem, ou se atrevam a dar um oi. No lugar apenas há um buraco pra onde tudo está sendo jogado e aos poucos sendo sugado. Seu trabalho é apenas, somente, reconquistar. Não é tão simples.


Tentativas vem e vão, e continuam indo.
E o presente começa a virar futuro, e o futuro vai ficando incrivelmente mais distante.


Em cima de tua cama estão os presentes, em teu albúm as fotos, em seu coração os votos. Não acredita que já sumiram, conquista. Não sabe o que fazer, desiste. Não tem tempo a perder, persiste. Não foi o suficiente? Eram mais palavras que promessas? Explica, mostra. Pede o tempo. Tem todo o tempo, toda a paciencia a teu dispor. Ele ainda é teu e apenas teu sempre será, a menos que o tempo venha e lhe dê uma resposta (o que não acontecerá). Jamais desistirá, não importa o que aconteça, terá sempre em mãos o poder de sua fé, de sua coragem. E trará em punhos espada e escudo, um flor e um coração arrancado do peito.


A última lágrima insiste em não cair. E não cai.
Mas talvez, quem sabe. Ela venha a sucumbir.
Ou quem sabe, talvez, jamais irá cair.


Não é mais uma questão de paixão, de verão, estação. Não veio rápido e muito menos irá sairá. Não é algo que possa ser esquecido em dias, e não fará questão nenhuma de esquecer. Apenas saiba que foi sim a melhor coisa que já lhe aconteceu. E está se esvaindo cada vez mais por entre os buracos de suas mãos. E toda vez que ouve, um alô, já não é a mesma coisa, nada é igual. O sol faz frio, os passaros assoviam seu nome, está em todos os lugares, as músicas tem a melodia de seu beijo, o travesseiro tem o teu cheiro, e nem o cobertor consegue mais esquentar. Em sua cama estão todos os presentes, desde o primeiro beijo até o último adeus, todos os presentes.
E todas as saudades.





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